terça-feira, 27 de julho de 2010

Há sempre um recomeço?



...Aquela vida falsa e suja já estava se tornando enfadonha,por mais que todos o achasse leal, gentil, ele sabia que no fundo ele era cruel... Quem sabia disso? Somente suas vítimas... que por medo ou trauma se afastavam, se suicidavam...sumiam! E dificilmente apareciam novamente...desapareciam. Por muito tempo ele olhava para o próprio reflexo e sorria, pois ninguém via o que estava dentro de seus olhos, o que escondia a sua alma. Ele desfrutou de todos os prazeres da vida, não se importou com os outros, não ligou para o que diziam ao seu respeito, desfrutou tanto das coisas boas, quanto das coisas ruins. Mas no fundo ele estava arrependido de ter se tornado aquela criatura perversa, na verdade não estava completamente arrependido, mas ele queria um novo começo. Ele queria destruir aquela alma, aquele reflexo, aquela pessoa do outro lado do espelho, aquele reflexo...mostrava toda a realidade...toda a verdade sobre quem ele era...seu ódio era tanto, que a fúria o dominou! Mas era impossível, irrealizável... então ele acabou destruindo-se também...

Recomendo: The Picture of Dorian Gray

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